É preciso recuar 60 anos para ver a última participação do histórico Bologna na Liga dos Campeões , clube que já tem 7 scudettos todos no tempo em que a TV era a preto e branco.
O último ar de graça nos tempos modernos foi em 1998/1999 liderados pelo avançado italiano Giuseppe Signori quando o clube atingiu as Meias-finais da Taça UEFA, edição ganha pelo inesquecível Parma do jovem Buffon.
O estatuto do Bologna como equipa segura nas competições internas é quase imaculado, tendo apenas uma despromoção à Serie B em 2013/2014 tendo regressado rapidamente à liga principal no ano seguinte. A partir daí, depois de um período sólido onde a equipa foi treinada por Roberto Donadoni foi marcante a passagem de Sinisa Mihajlovic.
A sua chegada em 2019 criou uma empatia especial com a equipa até à descoberta da sua doença oncológica. Ninguém esquece o ar de dificuldade no seu rosto em algumas partidas que orientou, criando uma onda de solidariedade no calcio onde até Paulo Fonseca passou a usar um boné em homenagem ao seu colega de profissão. Em Novembro de 2019 concedeu até uma conferência de imprensa inédita em pleno hospital acompanhado pelos médicos, o técnico sérvio acreditava que a sua atitude de lutar contra a leucemia “olhos nos olhos” iria motivar ainda mais a equipa.
No início de 2022 ainda conseguiu orientar a equipa até ao final de Setembro , mas foi derrotado pela leucemia e acabou por falecer em Dezembro. Ricardo Orsolini capitão de equipa nesta época não esqueceu o seu antigo treinador neste Domingo:
“No final do jogo do Atalanta – Roma , pensei logo no Sinisa, esta qualificação também é dele”.
Mérito desta campanha para o jovem técnico Thiago Motta (que com certeza terá em carteira vários convites) e o prodígio Joshua Zirkzee que não teve espaço no Bayern de Munique , mas que rapidamente voará para outros palcos.
Opinião do Leitor: Pedro Santiago
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