O PSG venceu 10 títulos nos últimos 12 anos, desde a aquisição de Nasser Al-Khelaifi, a diferença tornou-se abismal. Dificilmente haverá um rival à altura, o que torna a liga desinteressante, visto que os grandes rivais vivem todos em dificuldades. O Marselha está em instabilidade há anos, o Lyon está num momento difícil, tanto o Monaco como o Lille não têm a qualidade de há uns anos e clubes históricos como o Bordeaux e St. Etienne estão na Ligue 2. Ainda por cima a equipa deste ano parece a mais equilibrada desde a chegada dos qataris, mais consistente e com boas opções para todas as posições. O contexto criado permite a Mbappé sentir-se muito mais em casa (plantel sem jogadores polémicos, e sem egos gigantes para além de ter muitos jogadores franceses), o que lhe permite brilhar e resolver quando está difícil a nível coletivo, tornando real a ambição de algo histórico como o triplete, tal como Luis Enrique já afirmou publicamente. Os portugueses têm sido fundamentais, Vitinha é atualmente indispensável e é um dos melhores do mundo na sua posição, Danilo é regular no onze, Nuno Mendes veio de uma lesão grave e ainda assim conseguiu criar impacto a tempo, e Gonçalo Ramos, apesar de não ter garantido a titularidade absoluta, tem respondido com golos quando é chamado a jogo (inclusive é o segundo melhor marcador dos parisienses). Dembelé também tem feito a diferença, e nota-se que precisa de estar no contexto certo para brilhar. A conquista do campeonato acabou por ser com naturalidade (é quase garantida dada a diferença de qualidade, só o Monaco de Leonardo Jardim e o Lille de Gaultier conseguiram travar a máquina parisiense), apesar de terem sentido dificuldades em alguns jogos, onde foi necessário o talento de Mbappé para resolver. Veremos como será no próximo ano sem a grande estrela.
O PSG é o vencedor da Ligue 1 pela terceira vez consecutiva e pela 10ª vez nos últimos 12 anos. O conjunto de Luis Enrique beneficiou da derrota do Mónaco frente ao Lyon por 3-2 e foi campeão a três jornadas do fim.
Imagem: PSG